‘É um pouco como queimar a própria casa’
O comentarista político conservador Tucker Carlson enquadrou as batalhas culturais e políticas dos Estados Unidos em termos teológicos durante um discurso na segunda-feira no Turning Point USA’s America Fest 2023, no Arizona.
“As evidências mostram inequivocamente uma aceleração em qualquer que seja essa força sombria neste país cujo único impulso é destruir, não melhorar ou criar, mas destruir, e está ao nosso redor”, disse Carlson à grande plateia reunida no Centro de Convenções de Phoenix. “E a única maneira de parar isso é com [força moral].”
Carlson, que na semana passada lançou seu próprio serviço de streaming, argumentou que os líderes políticos nos EUA e em outras nações ocidentais se tornaram cada vez mais irracionais com suas políticas e que, embora a corrupção sempre tenha atormentado os políticos em Washington, D.C., seu objetivo final mudou nas últimas décadas do enriquecimento egoísta para a destruição de seu próprio país.
“Se você vive em uma sociedade em que as pessoas no comando só querem te vender para ficar rico, isso é ruim”, disse ele. “Mas não é isso que estamos assistindo. Estamos assistindo a algo muito mais sombrio do que isso.”
Carlson acredita que as táticas do governo Biden “e seus facilitadores no Partido Republicano” indicam que sua intenção é destruir os EUA, o que ele observou ser inexplicável em termos racionais.
“É um pouco como queimar sua própria casa”, disse ele. “Então, por que você faria isso? Isso não é apenas um ato de destruição. É um ato de autodestruição. Então, isso é um programa político? Não. Um programa político é projetado para ajudar as pessoas que o instituem e seus eleitores e doadores. O programa deles não ajuda ninguém.”
Ao implementar políticas que prejudicam a economia, inundam o país com imigração ilegal insustentável e efetivamente desencorajam os jovens de ter famílias, Carlson acha que muitos funcionários eleitos estão servindo como “um canal do mal”, que ele definiu como uma força espiritual que antecede os humanos, trabalha através deles e destrói seus perpetradores involuntários depois de torná-los miseráveis.
“Se você está canalizando o mal real; se você está tentando destruir pessoas para destruí-las; se você está mentindo por mentir, pela emoção de contar uma mentira; e se você está ferindo as pessoas pelo pecado de dizer a verdade, e você está ofendido simplesmente porque é verdade; Se a ideia de que alguém em algum lugar pode estar dizendo uma coisa verdadeira te enfurece, isso não é política”, disse. “Isso é teologia.”
“Se a ideia de que alguém em algum lugar pode estar dizendo algo verdadeiro enfurece você, isso não é política, isso é teologia.” @TuckerCarlson#AmFest2023pic.twitter.com/mcY4QdprOO
— Turning Point USA (@TPUSA) 19 de dezembro de 2023
Carlson afirmou que a culpa coletiva e a punição com base em políticas identitárias cada vez mais prevalentes são contrárias ao cristianismo e à civilização ocidental, que, segundo ele, emergiram de uma visão de mundo cristã.
“Mas você está vendo uma classe de liderança neste país de ambos os lados que está começando a pensar dessa forma”, disse ele. “E isso é uma ameaça enorme para você. Portanto, lembre-se, o que o ameaça não é um movimento político; é um movimento espiritual. O plano só pode terminar em verdadeira tristeza e lágrimas, choro e ranger de dentes. Não há final feliz para a história que eles estão contando.”
Carlson disse que a volatilidade política nos EUA atingiu um nível de febre sem precedentes e pediu a seus ouvintes que mostrem “força moral” diante do mal espiritual.
“Você só pode lutar – na verdade, talvez você só possa sobreviver – não mudando-os porque não pode, mas mudando a si mesmo”, concluiu, “e tornando-se mais impressionante, mais honesto e, como resultado disso, mais forte”.
Durante uma sessão subsequente de perguntas e respostas, Carlson manteve sua crença de que “os países, como as pessoas, sofrem consequências por imoralidade” e que promover o aborto, a prostituição e as cirurgias de gênero para crianças “é uma coisa muito perigosa de se fazer, e estamos fazendo isso”.
“E, novamente, não sou teólogo; não me perguntem se [é] o Fim dos Tempos”, disse. “Não faço ideia.”
Nos últimos meses, Carlson tem usado frequentemente a linguagem teológica para explicar batalhas culturais, argumentando que grande parte do discurso político atual transcende a política.
Dias antes de a Fox News cancelar seu programa de maior audiência no horário nobre em abril, Carlson fez um discurso na The Heritage Foundation que também apresentou o debate político sobre transgenerismo e aborto como parte de uma guerra espiritual.
“Quando as pessoas […] decidam que o objetivo é destruir coisas, destruição por si só, ‘ei, vamos derrubar’, o que você está assistindo não é um movimento político, é maldade”, disse na ocasião.
Em vez de os cristãos se envolverem em “debates totalmente fraudulentos” sobre questões culturais, Carlson propôs um compromisso com a oração.
By Jon Brown, Christian Post Reporter
