A malária foi identificada como a causa mais provável de uma doença que já matou mais de 80 pessoas no sudoeste da República Democrática do Congo, disse a principal agência de saúde da África.
As vítimas da doença até então desconhecida sofriam de sintomas semelhantes aos da gripe como febre, dores de cabeça, dificuldades respiratórias e anemia.
A maioria das amostras testadas indicou que eles pegaram malária – que é causada por um parasita transportado por mosquitos e é endêmica na região – com desnutrição generalizada exacerbando a situação.
No entanto, especialistas em saúde não descartam a possibilidade de outros fatores em jogo na zona de saúde de Panzi.
As preocupações com a doença aumentaram após a morte de um paciente adulto do sexo masculino apresentando sintomas associados à febre hemorrágica.
Isto provocou especulações sobre uma potencial infecção viral que ocorre ao mesmo tempo que a malária, disse o Dr. Ngashi Ngongo, do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (Africa CDC), aos jornalistas na quinta-feira.
Amostras do paciente falecido foram enviadas para a capital congolesa, Kinshasa, para testes, com resultados esperados para a próxima semana.
O Africa CDC, a Organização Mundial da Saúde da ONU e outras agências estão intensificando as investigações sobre o surto, com mais testes em andamento.
Makuochi Okafor
Califórnia entra em estado de emergência após caso grave de gripe aviária
A Califórnia decretou estado de emergência após o anúncio do primeiro caso grave de gripe aviária causada pelo vírus H5N1 em uma pessoa nos Estados Unidos. O paciente, do estado da Louisiana, “sofre uma enfermidade respiratória grave e está hospitalizado em estado crítico”, disse o departamento estadual de saúde, em nota.
Esse é o 61º caso do atual surto da doença nos EUA, mas os outros pacientes sofreram apenas sintomas leves. No entanto, exames revelaram que o genótipo do vírus H5N1 do paciente da Louisiana é o D1.1, diferente do B3.13, responsável pela maior parte dos casos anteriores.