A reação de ativistas LGBTs contra o pastor André Valadão tem chamado atenção pelo que muitos líderes cristãos consideram ser uma ameaça à liberdade religiosa no Brasil. Nesse contexto, a pastora Daniela Linhares, que já foi alvo de uma ação judicial por se levantar contra a “linguagem neutra” nas escolas, saiu em defesa do colega protestante.
Daniela publicou o trecho de um vídeo, feito na parada do Orgulho LGBT+, onde uma pessoa diz que o líder global da Igreja Batista da Lagoinha deveria pagar uma “multa” que não tivesse condições de suportar.
O pedido, entre outros, é uma reação à pregação feita por André Valadão no dia 2, onde o pastor expôs que Deus condena o estilo de vida LGBT+, comparando o contexto atual ao mundo pré-diluviano, quando o Senhor decidiu destruir a maior parte da humanidade devido ao grande número de pecados daquela geração, segundo a Bíblia.
No vídeo compartilhado por Daniela Linhares, duas mulheres que se apresentam como pastoras lésbicas, por outro lado, defendem que Deus não condena as práticas homossexuais, mas que, em vez disso, acolhe com amor o público LGBT+. Neste caso, que aceita o seu estilo de vida.
Para a pastora Daniela Linhares, o uso distorcido da Bíblia para endossar a agenda LGBT+ é algo “indignante”, visto que não é possível encontrar nas Escrituras qualquer recorte que apoie a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo, mas sim o contrário.
Ela, então, criticou a reação contra André Valadão, dando a entender que o pedido de multa contra o pastor é uma forma de cercear a sua liberdade religiosa.
“Negar aos religiosos o direito de expressar suas opiniões não apenas contradiz os princípios da igualdade e inclusão, mas também dificulta a possibilidade de alcançar avanços significativos na busca por uma sociedade mais justa e respeitosa para todos”, escreveu a pastora no Instagram.
INDIGNANTE
Para a filha do pastor Jorge Linhares, o caminho para a boa convivência entre os diferentes segmentos da sociedade não é o da punição, mas do diálogo. “Ao fecharmos as portas para o diálogo e a colaboração, perpetuamos a divisão entre as comunidades, em vez de buscar a reconciliação”, concluiu. Asssista: