“Alguns disseram que se você fizer um programa de capelão escolar que, de alguma forma, você vai ter satanistas correndo por aí em todas as nossas escolas. Não estamos a jogar esses jogos na Florida”, disse o governador, citado pelo The Florida Phoenix.
“Isso não é uma religião. Isso não está qualificado para poder participar disso. Então, vamos usar o bom senso quando se trata disso. Você não precisa se preocupar com isso.”
DeSantis esclareceu que o programa de capelão não será imposto aos alunos de escolas públicas, dizendo que é “totalmente voluntário para um pai ou um aluno participar”.
Lucien Greaves, cofundador do The Satanic Temple, que supervisiona os Clubes Satânicos After School e planejava tirar proveito da lei, argumentou em uma série de postagens nas redes sociais resumindo seus comentários à mídia que as palavras de DeSantis “não têm autoridade” porque a Constituição dos EUA “garante tratamento igual sob a lei”. O grupo ameaçou processar se seus membros fossem proibidos de participar do programa de capelão.
Greaves enfatizou que DeSantis “convidou capelães satânicos para escolas públicas, goste ele ou não” porque ele “não tem liberdade para alterar a Constituição por decreto”. Ele também observou que o Templo Satânico é reconhecido pela Receita Federal como uma organização religiosa isenta de impostos.
“Se um distrito escolar público ou escola charter é tolo o suficiente para acreditar nele, eles estão em uma batalha infernal”, acrescentou Greaves. “Se e quando isso acontecer, @GovRonDeSantis não vai ficar de costas.”
Greaves anunciou na sexta-feira que, após um telefonema com o escritório de DeSantis, a diretora executiva de operações do Templo Satânico, Rachel Chambliss, foi instruída a enviar uma proposta formal para um debate entre DeSantis e Greaves.
“Acreditamos que um debate público forneceria uma excelente plataforma para discutir exaustivamente os princípios da liberdade religiosa na América”, diz um rascunho da carta.
Mesmo alguns republicanos questionam se DeSantis pode proibir os membros do Templo Satânico de se tornarem capelães escolares.
“Acho que, assim que chegamos no meio da definição do que é religião e do que não é, e se alguém pode ou não estar disponível e estar em uma lista, começamos a ter problemas constitucionais”, disse a patrocinadora do projeto, a senadora republicana Erin Grall, antes da aprovação do HB 931, conforme relatado pelo The Tallahassee Democrat.
Os padrões para qualquer política local devem incluir escolas informando todos os pais sobre o programa, exigindo “consentimento por escrito dos pais antes que um aluno participe ou receba apoios, serviços e programas fornecidos por um capelão escolar voluntário”, uma lista de capelães sendo amplamente disponibilizada e uma triagem de antecedentes de qualquer capelão em potencial.
